Perfil dos coordenadores pedagógicos.

Saiba quem são esses profissionais e o que pensam sobre a Educação brasileira
Autoria: Fundação Victor Civita

Edição Especial
Os caminhos da coordenação pedagógica e da formação de professores

Coordenador pedagógico vive crise de identidade
Cheio de atribuições dadas pela direção e por outros agentes, profissional deixa em segundo plano a formação docente



Legislação abrangente As leis de cinco secretarias estaduais reúnem 256 funções para o coordenador pedagógico


Substituir o professor que faltou, organizar e agendar os horários de uso da biblioteca, ajudar os funcionários da Secretaria na época da matrícula, controlar a entrada e a saída dos alunos e ainda conversar com os pais daquele garoto que vive brigando com os colegas. Várias demandas vão parar nas mãos dos coordenadores pedagógicos. O resultado é que, atolados em afazeres, muitos acabam não dando conta de sua função prioritária na escola: a formação contínua, em serviço, dos professores. A pesquisa da Fundação Victor Civita (FVC) sobre o tema detectou que 9% reconhecem não cumprir sua missão primordial. Já a maioria que diz exercer esse papel nem sempre o faz bem feito: 26% admitem ser insuficiente o tempo dedicado ao projeto político-pedagógico (PPP), cuja criação coletiva é atividade-chave no processo de formação docente. Dos 87% que apontam a gestão da aprendizagem como uma atividade sob sua responsabilidade, só 17% citam a observação do trabalho do professor em sala de aula - comprovadamente uma das principais estratégias formativas - como parte da sua rotina.

Por outro lado, metade declara atender diariamente telefonemas de todos os tipos, o que ocupa boa parte do expediente. E a atuação sem foco nem é uma questão de falta de experiência: em média, eles ocupam o posto há cerca de sete anos. Para começar, as leis contribuem para esse caos. "Estudando cinco normas estaduais, constatamos que em geral elas dão atribuições demais ao coordenador e poucas dizem respeito explicitamente à formação docente", conta Laurinda Ramalho de Almeida, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Além disso, as solicitações, a distância e ao vivo, chegam ao coordenador vindas de todos os lados: do diretor, que o considera seu braço direito não só para os assuntos pedagógicos mas também para os burocráticos e financeiros; dos professores, que costumam elegê-lo como o melhor porta-voz para tratar com a direção sobre todos os temas da categoria; dos pais, que não sabem direito qual é a função dele; e das Secretarias, que às vezes fazem convocações em excesso e o obrigam a mal parar em seu local de trabalho.

É mais uma prova de que falta a todos clareza sobre quais são as tarefas primordiais, secundárias e opcionais dos coordenadores pedagógicos. "Eles mesmos não sabem os limites de seu papel e, por isso, aceitam todas as demandas que lhe são dadas, fazendo coisas demais por não ter a compreensão de que são, antes de tudo, formadores", ressalta Ana Maria Falcão de Aragão, da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). A ausência de nitidez compõe o quadro de uma profissão que ainda está em construção. "O coordenador tenta formar sua identidade em serviço levando em conta o que as leis determinam como seus deveres e as demandas e imposições do dia a dia", afirma Laurinda. "Então, faz o que acredita pertencer ao seu âmbito de trabalho." Nem sempre acerta nas prioridades.

Os especialistas acreditam que algumas ações podem romper esse ciclo vicioso - tanto que uma parcela dos profissionais já achou meios de manter o foco em sua atribuição principal. Do lado da escola, Luzia Marino Orsolon, mestre em Psicologia da Educação e diretora do Colégio Assunção, em São Paulo, defende que os gestores precisam encarar o cotidiano da unidade como uma responsabilidade coletiva. Assim, tarefas que a coordenação acaba tomando para si podem ser passadas para outro profissional, sobrando mais tempo para o que é primordial. "Para as coisas funcionarem bem, deve existir um trabalho colaborativo, com o envolvimento de todos." O andamento fica ainda mais afinado quando há organização. Um exemplo é o atendimento de pais. "É função do coordenador recebê-los quando se trata de questões pedagógicas", observa Luzia. O ideal é que funcionários da secretaria sejam capacitados para fazer uma triagem dos telefonemas e dos pedidos de reunião. A escola também ganha ao estipular horários fixos para o atendimento às famílias.

Já as Secretarias podem se empenhar para melhorar as condições de trabalho nas unidades, tanto no que diz respeito à estrutura física como na composição de equipes, a fim de organizar e distribuir melhor as tarefas. "Alguns sistemas preveem a presença de um profissional responsável por questões administrativas e pelos processos burocráticos, criando uma divisão automática de atribuições", exemplifica Laurinda.

Para Mozart Neves Ramos, conselheiro do movimento Todos Pela Educação, às Secretarias também cabe agir para aumentar a consciência geral, reconhecendo e enfatizando a importância do coordenador na gestão escolar. "Ele é o líder da aprendizagem, o responsável por obter bons resultados com o trabalho de formação dos professores, e cada unidade de ensino precisa ter ao menos um profissional", afirma. Ramos defende ainda ações de legitimação da função no país. "No Plano Nacional de Educação 2011-2020, a meta que se refere à profissionalização da gestão democrática nem cita o coordenador. Sem levar isso em consideração, corremos o risco de ele trabalhar de forma desarticulada dos objetivos da escola."

Por enquanto, perdidos no excesso de demandas e sem certezas quanto à sua identidade, 70% dos coordenadores classificam como "média" ou "regular" sua qualidade de vida e uma das principais queixas é a falta de tempo para a família. Ainda assim, eles se mostram satisfeitos em estar no cargo. Uma hipótese é que, por ser tão solicitado para tantas tarefas (por todos da comunidade) e sempre ter muito a fazer, esse profissional se sinta importante, o que lhe traz alguma sensação de realização pessoal. Talvez até imagine que a escola nem sobreviveria sem ele. Pode ser mais uma dificuldade a ser vencida na hora de tirar tarefas não formativas de suas mãos.

Coordenador pedagógico: o que fazer e o que não fazer
Veja quais atribuições o coordenador pedagógico precisa encarar como prioridade e quais ele não deve


O que fazer

Garantir a realização semanal do horário de trabalho pedagógico coletivo
78% afirmam reunir-se periodicamente com todos os professores, porém só isso não basta. É preciso ter tempo para planejar e tornar mais produtivos esses momentos.

Organizar encontros de docentes por área e por série
Só 27% declaram reunir os professores por disciplina, para tratar de conteúdos específicos, e 31% por ano, para conversar sobre as turmas.

Dar atendimento individual aos professores
Apenas 19% discutem com cada docente da equipe e sugerem novas estratégias de ensino, após observar as práticas pedagógicas em sala de aula.

Fornecer base teórica para nortear a reflexão sobre as práticas
Não mais de 31% apontam o preparo dos docentes como um dos principais problemas da coordenação pedagógica.

Conhecer o desempenho da escola em avaliações externas
47% dos entrevistados citaram um número que está fora da escala do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), embora a maioria afirme saber o resultado da escola. Mais do que ter o número, é essencial usá-lo para guiar o planejamento em equipe.

O que não fazer

Conferir se as classes estão organizadas e limpas antes das aulas
55% dos coordenadores realizam essa tarefa e 90% a avaliam como adequada à sua função, que pode ser delegada a um funcionário de serviços gerais.

Fiscalizar a entrada e a saída de alunos
72% dos entrevistados têm essa atividade na rotina e 91% a consideram apropriada, mas o controle deve ser responsabilidade de um funcionário treinado para a função.

Visitar empresas do entorno para fechar parcerias
54% gostariam de ter mais tempo para isso, mas o papel de relações-públicas é do diretor.

Substituir professores que faltam
19% dos entrevistados fazem isso uma ou algumas vezes por semana. Sua função, porém, é ajudar a direção a montar, com os docentes, um banco de atividades e uma lista de substitutos para resolver esse tipo de emergência.

Cuidar de questões administrativas, financeiras e burocracias em geral
22% acreditam que isso é seu papel, embora os especialistas garantam que a parceria com o diretor deve se restringir aos assuntos pedagógicos.


Coordenador pedagógico também precisa de formação
Além de aumentar a oferta de formação continuada para os coordenadores pedagógicos, deve-se investir na qualidade dos conteúdos



***Características do bom coordenador Segundo quem está na função, para desempenhar bem seu papel, o que é necessário ter?***

Eles parecem não ter muita consciência disso, mas o quadro é de falta de preparo para o exercício da função. Metade dos entrevistados na pesquisa com coordenadores pedagógicos acredita que o ensino superior garantiu capacitação para o desempenho desse papel e 67% declaram já ter feito cursos de 40 horas ou mais oferecidos a quem ocupa esse posto. Isso, porém, não significa que eles estejam habilitados a cumprir suas tarefas. "Não existem programas que capacitem esse profissional a ser o formador de professores, o articulador do projeto político-pedagógico e o transformador da escola", afirma Vera Trevisan de Souza, docente pesquisadora do programa de pós-graduação em Psicologia da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas) e integrante do grupo de pesquisa Processos de Constituição do Sujeito em Práticas Educativas. "Além disso, na maioria das redes, essa é uma função para a qual um professor experiente é deslocado, e não um cargo concursado, que exige um conjunto de competências."

A pergunta que fica é: afinal, por que falta capacitação se esse é o primeiro pré-requisito citado pelos próprios coordenadores para ter um bom desempenho profissional (veja o gráfico acima)? Ocorre que nem o curso de graduação (em geral, Pedagogia) nem a experiência docente (que a maioria tem) garantem um bom preparo. E, depois da estreia na função, quase não há oferta de formação. Para 64% dos pesquisados, a Secretaria de Educação deveria se responsabilizar por seu aperfeiçoamento, apesar de apenas 38% dizerem que esse cenário é a realidade. "É comum as Secretarias convocarem para as mesmas oficinas oferecidas aos docentes", diz Eliane Gorgueira Bruno, doutora em Psicologia da Educação, da Universidade de Mogi das Cruzes (UMC).

A formação em serviço não pode se limitar a cursos esporádicos. Ela só fica completa quando há a orientação presencial constante de um supervisor e permite a troca de experiência com os pares. Cybele Amado, coordenadora do Instituto Chapada de Educação e Pesquisa (Icep), responsável pela formação dos gestores escolares de 24 municípios da Chapada Diamantina, na Bahia, defende que o ideal é que, além de firmar parcerias com universidades e organizações não governamentais, as Secretarias de Educação tenham supervisores técnicos e cada um cuide de um grupo de coordenadores. Esse é um modo eficiente de identificar necessidades de conhecimento específicas e combiná-las aos saberes essenciais a todos que estão na função. Confira aqui dez conteúdos indispensáveis à formação desse profissional.


10 conteúdos indispensáveis à formação do coordenador pedagógico

Além de aumentar a oferta de formação continuada para os coordenadores pedagógicos, deve-se investir na qualidade dos conteúdos.

1 Identidade profissional
Para acertar o foco, ele precisa entender sua função na escola. Eliane Bruno lembra de um programa de formação da qual participou em que, por sua importância, um semestre era dedicado ao tema: "Induzíamos a uma reflexão sobre as atribuições do coordenador usando leituras de experiências práticas e promovendo um diálogo com a teoria." Para ela, a troca de experiência entre os pares nos encontros ajudou a atingir a meta.

2 Concepção de formação
Se essa é a essência do trabalho da coordenação pedagógica, quem a exerce tem de ter consciência de que não basta encaminhar os docentes para cursos da Secretaria ou repassar programas prontos. O trabalho do dia a dia deve incluir o monitoramento constante das práticas em sala de aula. "A melhor forma de disseminar a ideia é debatê-la em encontros periódicos com profissionais da rede", diz Cybele.

3 Relações interpessoais
Para ser articulador e formador, ele deve saber se relacionar bem. Só assim conseguirá observar a aula sem parecer um fiscal intrometido, apresentar críticas sem despertar raiva e integrar um professor novato. Para desenvolver a habilidade, é possível usar diferentes linguagens, como filmes e literatura, para aguçar a percepção e as capacidades de observação e de escuta. Pode-se recorrer à memória, induzindo cada um a lembrar vivências da sua trajetória e compartilhá-las com os colegas.

4 Liderança e condução de grupo
O líder pedagógico tem de ter competência para conduzir a equipe em reuniões de trabalho, conquistando a adesão de pessoas. Quem pensa não ter essa habilidade pode aprender. Há diferentes estilos de liderança e conhecê-los é a forma de buscar identificação com um e adotá-lo. E vale incluir na formação do coordenador o estudo de teorias e técnicas sobre o funcionamento de grupos - para saber, por exemplo, como alguém de personalidade marcante influencia os demais.

5 Planejamento
Elaborar uma pauta produtiva para os horários de trabalho coletivo e para reuniões setorizadas, orientar os professores a planejar as aulas, o semestre e o ano e criar estratégias para melhorar o trabalho em sala de aula. O coordenador aprenderá tudo isso se contar com uma orientação técnica contínua, que funcione nos moldes de uma tutoria. No dia a dia, o supervisor pode fornecer conhecimentos gerais sobre planejamento e apresentar bons modelos.

6 Estratégias de avaliação
Para ajudar os docentes a aprimorar o trabalho, o coordenador precisa saber observá-los em aula, analisando o conhecimento do conteúdo, a forma como ele é ensinado e as interações. A supervisão em serviço, como uma tutoria, é a melhor forma de fornecer parâmetros para ele criar suas ferramentas de acompanhamento.

7 Instrumentos metodológicos
Alguns documentos são essenciais para o líder da equipe docente. Explicar quais são eles e como guardá-los é indispensável quando se deseja um coordenador competente. Os planejamentos dos docentes, por exemplo, dão pistas sobre as necessidades de ensino que precisam ser supridas e devem ser arquivados, assim como o portfólio de cada turma, com relatos, fotos, produções dos alunos, registro de dúvidas e notas sobre avanços, que ajuda a avaliar a evolução de uma classe. Tudo isso pode ser arquivado por data ou tema. A Secretaria de Educação pode organizar seminários sobre o tema, mas é fundamental que os supervisores técnicos detectem as deficiências particulares no uso dessas ferramentas.

8 Conhecimentos didáticos
Só conhecendo as peculiaridades das diferentes fases de desenvolvimento da criança e do adolescente e a forma como se aprende em cada uma delas o coordenador é capaz de avaliar se os métodos usados em sala de aula são apropriados. Ele precisa ainda ter clareza sobre os mecanismos de assimilação dos adultos, pois conduz os docentes em um processo dinâmico, no qual eles ensinam e aprendem ao mesmo tempo. Seminários temáticos aumentam a bagagem teórica na área. Mas é a orientação contínua que permite identificar falhas e corrigi-las.

9 Tematização da prática
Consiste na reflexão, à luz de teorias, sobre boas práticas em sala de aula - em geral, gravadas em vídeo. O objetivo é que o docente aprenda vendo modelos, pensando sobre eles e discutindo-os. Cabe ao coordenador fornecer a base teórica e indicar como aquele exemplo pode ser usado em sala. Para evitar constrangimentos, recomenda-se que o coordenador comece a implantar a estratégia usando gravações feitas fora da escola para só depois fazê-las com um docente da equipe com uma atividade anteriormente planejada em grupo. As instruções gerais podem ser fornecidas em um workshop com os profissionais de toda a rede, mas cada coordenador precisará de uma supervisão individualizada para implantar a estratégia formativa em sua rotina.

10 Troca de experiências
Se um professor fez um projeto de sucesso, outros docentes devem conhecer o trabalho. Portanto, o coordenador precisa saber documentar, sistematizar e compartilhar experiências. Isso pode ser feito na escola, com a criação de um arquivo de boas práticas aberto a consultas, ou na internet, com a organização de uma rede colaborativa, da qual docentes de outras escolas podem participar. De novo, poderá aprender a fazer isso com uma orientação individualizada.


**TENDÊNCIAS** Secretarias apostam em centros de formação para coordenadores pedagógicos
Centros concentram prática de atualização profissional sem deixar de lado os horários de trabalho coletivo na escola



Um local para ser usado por professores, diretores e coordenadores pedagógicos que querem investir na busca de conhecimento para melhor exercer seus papéis. Essa é uma tendência observada em outros países e que chega ao Brasil: algumas Secretarias de Educação estão investindo na implantação de centros de formação para os profissionais de suas redes. "Uma das vantagens de concentrar os encontros formativos e cursos em um mesmo lugar é a possibilidade de promover, de forma sistemática, a troca de experiências entre diferentes escolas e a disseminação de boas práticas e teorias", diz Cleide do Amaral Terzi, assessora pedagógica e consultora educacional.

A tendência também foi detectada pela pesquisa Formação Continuada de Professores no Brasil, que aponta a intenção das Secretarias consultadas em ter uma sede própria de capacitação. Para Helena Costa Lopes de Freitas, coordenadora de Formação de Professores da Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC), a escola permanece sendo o espaço de formação continuada por excelência, e ao centro cabe o papel de disseminar e dar organicidade às políticas públicas de capacitação em serviço.

Mato Grosso é um dos estados que apostam nessa ideia desde 1997. Lá já existem 15 Centros de Formação dos Profissionais da Educação (Cefapros). Além de um prédio em Cuiabá, há unidades em Barra do Garças, Alta Floresta e outras cidades-polo, que atualmente atendem cerca de 30 mil docentes de 724 escolas estaduais. Além disso, a Secretaria de Educação oferece auxílio técnico para as secretarias municipais a fim de que essas, por sua vez, promovam a formação de seus coordenadores pedagógicos.

***Vera Placco fala sobre a relação entre o coordenador pedagógico e o diretor
A pesquisadora afirma que a experiência e o tipo de relação com o diretor contribuem para a eficiência do trabalho do coordenador***

Para que a escola tenha um trabalho eficiente de formação continuada dos docentes e de articulação do projeto político-pedagógico (PPP), qual é a quantidade ideal de professores que um coordenador pedagógico deve orientar? VERA PLACCO Um grande número de coordenadores não garante maior efetividade, mas uma quantidade insuficiente compromete a consolidação do PPP. É preciso haver certa proporcionalidade entre a quantidade de coordenadores pedagógicos e a de professores, mas não existe um número ideal, pois a eficiência da formação depende de vários itens. Um, muito importante, é a complexidade da escola. Se uma unidade tem apenas Educação Infantil, o formador consegue lidar com 25 docentes e dar conta de seu trabalho sem atropelos. Porém pode ser complicado planejar a capacitação dessa mesma quantidade de professores se uma escola oferece as duas etapas do Ensino Fundamental, o Ensino Médio e ainda, como ocorre em muitas delas, Educação de Jovens e Adultos (EJA). Isso porque há solicitações muito diferentes de cada segmento para lidar no dia a dia.

Quais variáveis deveriam entrar nesse cálculo? VERA Levar em conta a experiência do coordenador é fundamental quando se faz essa análise, pois se o profissional for iniciante na função e não tiver prática nem habilidade para estabelecer relações de parceria, é impossível deixar 40 professores sob sua orientação. Por outro lado, se for alguém com algum tempo no cargo, poder de liderança e comprovadamente reconhecido pela equipe, dará conta com facilidade de um grupo da mesma proporção. Influencia até o tipo de relação que há com o diretor: quanto mais próxima e focada nos problemas pedagógicos, mais estrutura ele terá para exercer seu papel.

Quando o número de coordenadores é insuficiente, quais as consequências para a escola? VERA O primeiro a sentir a sobrecarga é o coordenador. Se ele tinha uma boa parceria com o diretor e, sem tempo, as reuniões entre eles foram ficando escassas, o trabalho passa a ser menos eficiente e pode haver a necessidade de mais gente na função. O próprio ambiente da escola muda, pois a falta de orientação efetiva e de planejamento leva a um clima de desorganização. Os prejuízos recaem no trabalho pedagógico e, consequentemente, na aprendizagem dos alunos.

Há quem defenda que o ideal é ter um coordenador pedagógico para cada segmento, para atender às especificidades. Qual a sua opinião? VERA Acho interessante quando se pensa que todas as discussões passam a ocorrer dentro de um só contexto e de demandas específicas. Quem atua em apenas um ciclo certamente consegue aproveitar melhor as reuniões, pois o trabalho com grupos menores de professores permite o aprofundamento das discussões. Mas, quando há mais de um coordenador por unidade, é preciso pensar em como fazer a articulação entre eles. Já o profissional que trabalha com mais de um segmento tem uma visão ampla da coerência e do processo de consolidação do PPP, o que o auxilia a promover a integração dos docentes e do currículo de toda a escola. Não há uma resposta simples.

Há diferenças entre atuar na coordenação da Educação Infantil, da primeira e da segunda etapa do Ensino Fundamental, do Ensino Médio e de EJA? VERA Há uma parte comum a todos: ajudar os professores em suas dificuldades. Isso inclui acompanhar as aulas, reunir-se com eles para discutir a dinâmica de classe, os métodos de ensino, a relação com os alunos e os motivos da não-aprendizagem. É claro que o coordenador de Educação Infantil terá demandas específicas. Nesse segmento e nos primeiros anos do Ensino Fundamental, a questão da alfabetização se impõe e muitos professores não dominam ou não se sentem seguros em relação a certos conteúdos. Então, o coordenador terá de saber qual ajuda oferecer. Nesse caso, é normal que ele opte por fazer o mesmo curso de alfabetização oferecido pela Secretaria aos docentes. Não para ser um multiplicador na escola, mas para obter conhecimento e poder fornecer uma orientação mais pontual. Isso ocorre em todos os segmentos. No Ensino Médio, porém, é comum o professor achar que domina sua disciplina e, por isso, não precisa de ajuda. O auxílio virá exatamente daquilo que o coordenador pode oferecer: os conhecimentos didáticos que contribuirão para ele ensinar de modo mais efetivo.

É necessário que a escola tenha um coordenador para cada uma das áreas de conhecimento? VERA A vantagem desse modelo é permitir maior fluência entre as séries em cada disciplina e a articulação dos professores, que conseguem avançar em relação aos conhecimentos sobre o objeto de ensino. Em escolas menores, o coordenador proporciona isso por meio de reuniões com os docentes da mesma área. Já as escolas maiores comportam os formadores especializados. Contudo, seria necessário prever uma coordenação geral para fazer a articulação entre eles. É isso que garante a implementação do PPP.


PESQUISA RETIRADA DA REVISTA GESTÃO ESCOLAR "NOVA ESCOLA" EDIÇÃO ESPECIAL.

Colônia de Férias 2011 - Atividades Recreativas





Variação da atividade - Corrida de caixa de sapato


Esta brincadeira também pode ser feita com caixas de sapatos, colocando uma caixa na frente da outra e pisando dentro delas até a linha de chegada. Continuação da Brincadeira: Depois da competição, espalhe folhas de jornal, revistas e caixas de sapato em um círculo limitado. A quantidade de bases (jornal, revistas ou caixas) deverá equivaler ao mesmo número de alunos. Cada aluno deve pisar sobre uma das bases. Apite para iniciar a brincadeira. Ao som do apito, eles devem ir trocando de posições com os amigos, mas sempre pisando na base do mesmo material. Ao som do apito, eles devem mudar de material, mas para isso, terão que negociar com o amigo que está na base ao lado para poder trocar. Conforme as crianças forem aprendendo a brincadeira, retire uma das bases, deixando de fora quem sobrar. Ganham os três que ficarem por último.




OBJETIVOS:
•Reconhecimento do próprio corpo, dos movimentos e dos objetos;
•Desenvolvimento das habilidades básicas motoras gerais de locomoção, sua exploração e uso;
•Controle dos objetos carregados, equilíbrio para que não caiam da bandeja, deslocar-se com destreza progressiva no espaço, correr, pular os obstáculos e manter o equilíbrio.
•Exploração de movimentos e ritmo de deslocamento sem deixar cair nenhum objeto;
•Atenção, concentração, velocidade, resistência e flexibilidade corporal e emocional;
•Desenvolvimento da atitude de confiança nas próprias capacidades motoras.




OBJETIVOS:
•Habilidades de coordenação motora básica;
•Atenção, equilíbrio, concentração, domínio dos objetos;
•Capacidade física-lateralidade;
•Uso das habilidades motoras básicas de locomoção e não locomoção (sua exploração e uso);
•Noções de habilidades espaço-temporal;
•Desenvolvimento das capacidades físicas: força, resistência, velocidade e coordenação;
•Desenvolve a percepção, exploração dos movimentos, experimentação e orientação no espaço com objetos.




OBJETIVOS:
•Desenvolvimento pessoal;
•Domínio do próprio corpo;
•Equilíbrio;
•Educação do movimento;
•Reconhecimento da capacidade e possibilidade individual.




OBJETIVOS:


•Controle do próprio corpo;

•Desenvolvimento da coordenação motora;
•Domínio dos objetos;
•Equilíbrio;
•Combinação de habilidades, como: arremessar com a devida força, recuperar o objeto, dosar a altura do arremesso;
•Percepção visual;
•Atenção;
•desenvolvimento de ações individuais e com o amigo.

Brincadeiras para todos!!!!
Habilidades trabalhadas: coordenação motora equilíbrio, esquema e expressão corporal, velocidade e atenção.

Objetivos para crianças de 0 a 3 anos:

* Familiarizar-se com a imagem do próprio corpo;

* Trabalhar a expressão corporal com gestos, mímicas, ritmos diferenciados, utilizando o corpo como meio de comunicação e expressão nas brincadeiras e demais situações de interação.

Objetivos para crianças de 4 a 6 anos:

* Explorar diferentes características do movimento, como força, velocidade, flexibilidade, conhecendo gradativamente os limites e potencialidades do corpo.

* Realizar movimentos de preensão, encaixe e lançamento para ampliar as possibilidades de manuseio de diferentes materiais e objetos.
(RCN's, Conhecimento de Mundo, 1998, v3, p.27)


ATIVIDADES:

1-) MÚSICA E O CORPO - Peça às crianças para realizarem movimentos nos quais possam reconhecer e identificar as partes do corpo em si e nos colegas. Use músicas infantis que falem das partes corporais. O selo Palavra Cantada tem algumas opções.

2-) SOU EU MESMO - Deite as crianças sobre um papel Kraft grande e contorne a sua silhueta. Depois, peça para desenharem o rosto e as roupas. Você pode pedir para o amiguinho desenhar o outro e depois trocarem.

3-) GUARDA ROUPA - Este é um importante exercício para as crianças exercitarem a percepção de esquema corporal. ** junte várias roupas velhas; ** explique às crianças que elas terão que se vestir sozinhas. Invente uma dinâmica para esta atividade, como por exemplo, quem se vestir primeiro e corretamente ganhará um ponto.

4-) BARALHO GIGANTE COM BONECOS - Essa é uma atividade bem conhecida, mas que deve ser realizada durante todo o ano. Desenhe figuras de pessoas em diferentes posições corporais ou recorte-as de revistas. Mostre-as às crianças e peça que reproduzam com o corpo esta posição.
Dica: vá, aos poucos, dificultando a atividade com a escolha de posições mais complicadas.

5-) EXERCÍCIOS EM PROGRESSÃO - Esta é uma atividade simples e objetiva, que desenvolve a coordenação motora, o equilibrio e a velocidade. Realize pequenas corridas na quadra alternado a velocidade. Comece dizendo que vão se deslocar como uma tartaruga (bem devagar) e vá aumentando a velocidade. Atenção! Com os mais novos, tome mais cuidado: corra perto deles, utilize distâncias curtas e sem nenhum obstáculo. Para os mais velhos, já é possível propor corridas com curvas, parando e continuando etc.

6-) PREENSÃO MANUAL - Trabalhe com objetos, como pegador de macarrão de plástico, prendedores de roupas etc. Primeiramente, as crianças os manuseiam trabalhando a preensão e, depois, transportam pequenos objetos de um lugar a outro com o pegador ou prendedor (tem que pegar e soltar o objeto no local solicitado).

7-) LANÇAMENTOS- Desenhe com giz círculos pequenos, médios e grandes no chão. Distribua aos alunos tampinhas de refrigerantes ou objetos similares para que tentem acertar os círculos.

Atividades retiradas do encarte do Guia Prático - Educação Infantil - atividades elaboradas por Ana Mello, professora e psicomotricista.

São atividades fáceis, que não requerem nenhum tipo de material difícil de adquirir e que todas nós podemos trabalhar com as crianças. Tenho outras atividades assim e logo vou postar aqui para vocês colocarem em prática, Tchau!!!! Zélia.

Prova?!! Fique calmo e leia as dicas abaixo:


Prova?!! Fique calmo e leia as dicas abaixo:

Quando receber a prova, coloque o seu nome e dê uma olhada geral. Não precisa ler tudo antes de começar. Leia com atenção à medida que for fazendo as questões;

Comece a fazer a prova da primeira questão, e assim, passe para a segunda, até o final. Seguir a ordem evita que você pule sem querer alguma questão;

Se esqueceu da resposta de uma questão não fique parado, faça a seguinte, e vá adiante até chegar ao final. Quando terminar, volte para a questão que você teve dúvida ou não soube a resposta e tente responder. Às vezes, as questões seguintes trazem dicas para responder as anteriores;

Deu branco??? Respire fundo e acalme-se. Se você estudou, certamente, mantendo a calma, irá se lembrar;

Evite deixar questões em branco. Reúna tudo o que souber sobre o assunto, mesmo que seja pouco, e escreva;

Leia toda as questões e as suas respostas antes de entregar ao professor. Isso evitará "aqueles" erros por distração;

Lembre-se:
- Tenha confiança;
- Tenha calma, segurança e atenção;
- Se você estudou, Jesus, que está ao seu lado em todas as situações, certamente ajudará a você;
Veja a prova como uma oportunidade que você tem de mostrar o que aprendeu.

Como estudar bem em casa?

Estude todos os dias no mesmo horário;

Escolha um bom local de estudos, de preferência ventilado, claro, com luz natural, sem barulhos e distrações;

Nada de estudar na cama. É desconfortável e pode dar sono;

Arrume o material que você vai precisar, antes de começar o estudo. Bagunça tira a concentração;

Estude um pouco a cada dia. Não deixe tudo para um dia antes da prova.

Não desista. Tente fazer isso todos os dias. Faça do estudo parte da sua rotina;

Quando terminar, arrume sua pasta com o material das aulas do dia seguinte, consultando sempre o horário.


DINAMICA DE PASCOA - hop hop coelhinho
Preparação: As crianças ficam em círculo e um dos jogadores é escolhido para iniciar o jogo.
Desenrolar: O jogador escolhido andará em volta do círculo batendo nas costa de cada um dos seus componentes dizendo a cada batida a palavra "hop". Irá prosseguindo assim até que escolherá um jogador e quando bater nas suas costas ele dirá a palavra "coelhinho". Neste momento ele sai correndo e o jogador escolhido sai correndo atrás dele. O primeiro jogador estará a salvo se conseguir alcançar o lugar ocupado pelo seu perseguidor antes que este bata nas suas costas dizendo a palavra "hop". Se isto acontecer o perseguidor começará novamente o jogo girando em torno do círculo e batendo nas costas de cada elemento dizendo a palavra "hop". Caso o perseguidor consiga "pegar" o outro ele voltará ao seu lugar e a criança "pega" repetirá novamente as ações para nova rodada do jogo..

DINAMICA DE PASCOA- detetive
Material específico: farinha ou guache branco.
Esconder os ovos e deixar nas proximidades marcas das "pegadas" do coelho.
Fazer uma roda de conversa e contar em "tom de fofoca" que um coelho muito atrapalhado decidiu esconder os ovos, mas deixou algumas pistas... Vamos procurar?!

DINAMICA DE PASCOA - tesouro de Páscoa Material específico: cartões com pistas (desenhada ou escrita)
Objetivo específico: exercitar o raciocínio lógico.
Esconder todos os ovos em um determinado local. Criar uma pista, que leve até outra, e mais outra...mais quantas quiser, até os ovos escondidos.
versão 2
Material específico: cartões com pistas (desenhada ou escrita), papel kraft com mapa rústico do local desenhado, com pistas marcadas.
Objetivo específico: exercitar o raciocínio lógico e noção de ponto de referência.
Esconder todos os ovos em um determinado local. No ponto de partida as crianças receberão uma pista, deverão procurar no mapa sua localização e se dirigir ao local para procurar nova pista. Repetir o processo, quantas vezes quiser, até chegar nos ovos escondidos.
Combinados: se dividir em equipes, identificar as pistas por cores. Instruir às crianças que se acharem a pista do adversário devem deixá-la no local.
Dica: ter por escrito e detalhadamente os locais onde escondeu as pistas

DINAMICA DE PASCOA- mimica
Idade: 7 - 14 anos
Material: Cartões com desenhos/palavras que retratem símbolos da Páscoa (ovos, coelho, cesta, símbolos religiosos, alimentos)
Objetivo: Discutir o significado da Páscoa. Expressar-se gestualmente.
Jogando:
Em uma roda de conversa discutir o significado da Páscoa e de seus símbolos. Esclarecer eventuais dúvidas.
Cada criança deverá retirar um cartão sem que as demais vejam. Um participante por vez realizará mimica que represente seu cartão e as demais tentarão adivinhar o que é.
Pode ser feito em grupo.

DINAMICA DE PASCOA- chicotinho queimado Idade: 3 - 12 anos
Material: Mini ovos de chocolate (no mínimo 1 por criança)
Objetivo: Associar palavras. Realizar trabalho em equipe. Compreender o jogo competitivo.
Jogando:
Dividir as crianças em duas ou mais equipes.
Esconder os mini ovos em diversos locais.
Informar às crianças se estão perto ou longe dos ovos.
Quente: perto
Frio: longe.
Os ovos encontrados serão colocados em cestas. A equipe que recolher mais ovos será a vencerdora.
Ao final juntar todos os ovos e distribuir para as crianças.

DINAMICA DE PASCOA- jogo da memoria com ovos
Idade: 3 - 12 anosMaterial: Cartões com desenho de ovos de páscoa cortados ao meio.
Objetivo: Executar habilidade motora fundamental de locomoção, treinar memorização.
Jogando:
Espalhar uma das metades dos cartões por diversos lugares.
Acomodar todas as crianças sentadas lado a lado e entregar a outra metade dos cartões para elas, um para cada criança.
Os cartões deverão ficar virados com o desenho para baixo até que seja dado o sinal.
Todos irão olhar o cartão ao mesmo tempo e em seguida procurar pela outra metade.

Para deixar mais fácil (crianças pequenas):
1. Permitir que leve a sua metade do cartão na busca.

Para deixar mais difícil:
1. Não permitir que leve o cartão.

2. Estipular um tempo para a visualização, cada vez menor.

3. Mostrar um cartão para todos e deixar que procurem.

DINAMICA DE PASCOA - coelhinho sai da toca
Idade: 3 - 8 anos
Material: arcos (bambolês)
Objetivo: Executar habilidade motora fundamental de locomoção, melhorar o tempo de reação.
Jogando:
Distribua os arcos pelo chão.
Cada criança deverá ficar dentro de um arco.
Ao sinal do professor: "Coelhinho sai da toca", as crianças, digo os coelhos (!!!) devem trocar de toca.
A cada rodada retirar um arco.


DINAMICA DE PASCOA- o salto do coelho

Idade: 3 - 8 anos
Material: Giz (ou outro material para marcar)
Objetivo: Executar habilidade motora fundamental de locomoção (saltar distância) e estabilização (equilíbrio dinâmico).
Jogando:
Demarcar duas linhas. As crianças deverão saltar de uma linha para a outra, como se fossem coelhinhos. Aumentar a distância entre as linhas conforme forem conseguindo executar a tarefa.

DINAMICA DE PASCOA - corrida da colher
Idade: 5 - 12 anos
Material: Ovos pequenos de chocolate (no mínimo 1 por criança), colher (1 por equipe), cones (1 por equipe), cestos (1 por equipe) giz.
Objetivo: Executar habilidades motoras fundamentais de locomoção e estabilização. Realizar trabalho em equipe. Compreender o jogo competitivo.
Jogando:
Dividir as crianças em duas ou mais equipes arrumadas em colunas.
Marcar a linha de saída com giz. Colocar na extremidade oposta os cones.
As colunas devem ficar atrás da linha, um cesto com ovos de chocolate deverá ser colocado ao lado da primeira criança.
A criança que estiver na frente deverá pegar um ovo na cesta, colocar na colher e condizir, o mais rápido possível até dar a volta pelo cone e retornar para sua equipe, entregando a colher para o próximo da coluna. E assim sucessivamente. A equipe que terminar primeiro será vencedora.


Ao final cada criança fica com o ovo que usou na brincadeira.




CRÉDITOS E TOTAL AGRADECIMENTO AO BLOG"BANCO DE ATIVIDADES"

Alfabetização: 6 práticas essenciais




Alfabetização: 6 práticas essenciais

1-Identificar o que cada criança da turma já sabe

O que é
Avaliar o nível de alfabetização e as intervenções mais adequadas para cada aluno. Antes mesmo de entrar na escola, as crianças já estão cercadas por textos, mas o contato com eles depende dos hábitos de cada família. Assim, uma turma de 1º ano vai apresentar uma variedade enorme de saberes, com estudantes pré-silábicos (quando as letras usadas na escrita não têm relação com a fala), silábicos sem valor sonoro (representando cada sílaba com uma letra aleatória), com valor sonoro (usando uma das letras da sílaba para representá-la), silábico-alfabéticos (que alternam a representação silábica com uma ou mais letras da sílaba) e, finalmente, alfabéticos (que escrevem convencionalmente, apesar de eventuais erros ortográficos).

Ações
A atividade de diagnóstico mais comum é o ditado de uma lista de palavras dentro de um mesmo campo semântico (por exemplo, uma lista de frutas) com quantidade diferente de sílabas. Com base nela, é possível elaborar um mapa dos saberes da turma e planejar ações (leia o depoimento abaixo). Também vale usar os resultados das sondagens periódicas para informar os pais sobre os avanços de seus filhos.
Os erros mais comuns

- Não usar as informações da sondagem no planejamento. Os dados do diagnóstico devem orientar as atividades, os agrupamentos e as intervenções.
- Não planejar atividades diferentes para alunos alfabéticos e não alfabéticos. Os que já dominam o sistema de escrita precisam continuar aprendendo novos conteúdos, como ortografia e pontuação.

2-Realizar atividades com foco no sistema de escrita

O que é
Criar momentos para que os alunos sejam convidados a pensar sobre as relações grafofônicas e as peculiaridades da língua escrita. A intenção é fazer com que eles investiguem quais letras, quantas e onde usá-las para escrever. Alguns exemplos de perguntas para a turma: a palavra que você procura começa com que letra? Termina com qual? Quantas letras você acha que ela tem? É por meio de reflexões desse tipo que as crianças entendem a ligação entre os sons e as possíveis grafias. Algo muito distinto do que se fazia até pouco tempo atrás, quando vigorava a ideia de memorização. Os alunos primeiro repetiam inúmeras vezes as sílabas já formadas (ba, be, bi, bo, bu) e depois tentavam formar palavras e frases utilizando as sílabas que já haviam aprendido ("O burro corria para o correio", "Ivo viu a uva" e outras sem sentido algum). Só depois de guardar todas as possibilidades, a criança começava a escrever pequenos textos. O pior era que, em muitos casos, o momento da produção nunca chegava.

Ações
Desafiar os alunos a ler e a escrever, por conta própria, textos de complexidade adequada ao seu estágio de alfabetização (leia o depoimento abaixo). No esforço de entender como funciona o sistema alfabético, as crianças vão inicialmente tentar ler com base no que conhecem sobre a escrita e onde ela aparece (cartazes, livros, jornais etc.), utilizando o contexto para identificar palavras ou partes delas. As questões que o professor faz para que a criança justifique o que está escrito e os conflitos cognitivos decorrentes dessas indagações e da interação com os colegas levam à revisão de suas hipóteses.
Os erros mais comuns

- Deixar o aluno escrever sem intervir nem fornecer informações. A criança só avança ao receber ajudas desse tipo do professor.
- Pedir que os alunos copiem textos. Esse exercício mecânico pode, no máximo, ajudar a memorizar.
- Não desafiar os alunos a ler. Procurar nomes em listas, por exemplo, é essencial para entender a lógica do sistema de escrita.


3-Realizar atividades com foco nas práticas de linguagem

O que é
Ajudar as crianças a entender como os textos se organizam e os aspectos específicos da linguagem escrita. Mais que enumerar as características dos diferentes gêneros, o importante é levar a turma a perceber as características sociocomunicativas de cada um deles, mostrando que aspectos como o estilo e o formato do material dependem da intenção do texto (por que se escreve) e de seu destinatário (para quem se escreve). "Isso se faz com a produção e a reflexão sobre bons exemplos", diz Neurilene Martins, coordenadora do Instituto Chapada, em Salvador.

Ações
As atividades mais consagradas são a leitura em voz alta e a produção de texto com o professor como escriba. Nas situações de leitura, o docente atua como um modelo de leitor: ele questiona as intenções do autor ao escolher expressões e palavras, retoma passagens importantes e ajuda na construção do sentido. Já nas ações de produção de texto oral com destino escrito (leia o depoimento abaixo), ao propor que os estudantes ditem um texto, ele discute a estrutura daquele gênero, escreve e revisa coletivamente, sugerindo alterações para tornar a composição mais interessante.

Erros mais comuns

- Ler para a turma sem destacar as características da linguagem. Depois de uma primeira leitura completa, é fundamental mostrar as expressões que ajudam a construir a forma e o significado dos textos.
- Explorar apenas as características de cada gênero sem produzi-lo. Conhecer a estrutura não garante as condições para a produção. Aprende-se a ler lendo e a escrever escrevendo.


4-Utilizar projetos didáticos para alfabetizar

Contemplar, na rotina da classe, um processo planejado com a participação dos alunos que resulte em um produto final escrito (uma carta, um livro, um seminário etc.). Esse tipo de organização do trabalho preserva a intenção comunicativa dos textos (informar, entreter etc.), respeitando o destinatário real da produção. Com isso, fornece um sentido maior para as atividades a ser realizadas pelos alunos, já que eles sabem que o resultado final será lido por outras pessoas, além da professora. Nos projetos didáticos, as crianças enfrentam situações e desafios reais de produção. "Com isso, aprendem usos e funções da escrita enquanto aprendem a escrever", explica Cristiane Pelisssari. Uma das principais vantagens do trabalho com projetos didáticos é a possibilidade de articulação entre momentos de reflexão sobre o sistema alfabético e sobre as práticas de linguagem. Outro ponto positivo é a criação de um contexto para a leitura e a escrita: por estarem debruçados sobre determinado assunto, os alunos conseguem ativar um repertório de conhecimentos sobre o tema que estão pesquisando para antecipar o que ler e saber o que escrever (leia o depoimento abaixo).


Ações
Geralmente, os projetos estão relacionados à pesquisa de temas de interesse da criançada. Os alunos são convidados a buscar informações, relacionar conhecimentos, realizar registros, produzir textos e revisá-los. Uma das vantagens dos projetos é que eles proporcionam uma organização flexível do tempo: de acordo com o objetivo que se pretende atingir, um projeto pode ocupar somente alguns dias ou se desenvolver ao longo de vários meses.

Erros mais comuns

- Focar o trabalho excessivamente no produto final. Os alunos aprendem muito mais com todo o processo do que com a chamada culminância.
- Não aproveitar os projetos para refletir sobre o sistema alfabético. Os alunos devem realizar registros e ter atividades de leitura em diversas etapas, articulando o sistema de escrita com as práticas de linguagem.


5-Trabalhar com sequências didáticas

O que é
Lançar mão de série de atividades focadas num conteúdo específico, em que uma etapa está ligada à outra. Na alfabetização, as sequências podem ser usadas para focar aspectos tanto da leitura como do sistema de escrita.

Ações
Na leitura, uma opção é ler com as crianças diferentes exemplares de um mesmo gênero, variadas obras de um mesmo autor, textos sobre um mesmo tema ou versões de uma mesma história (leia o depoimento abaixo). A sequência deve estar ligada aos propósitos leitores que se quer aprofundar. Se a ideia é ler para saber mais, a sequência deve contemplar as diversas etapas de pesquisa, da localização ao registro de informações. Se o objetivo é a leitura para entreter, a turma pode avaliar os recursos linguísticos utilizados para provocar suspense, comicidade etc. e criar um arquivo de expressões úteis para as próprias produções. Uma sequência semelhante pode ser preparada para apresentar desafios relacionados ao sistema de escrita. Numa lista de livros de bruxa, por exemplo, a garotada pode ser convidada a criar um título que tenha palavras específicas (como "a bruxinha malvada").

Erros mais comuns

- Prever atividades sem ligação ou continuidade. Uma atividade deve preparar para a outra. Pode-se, por exemplo, começar lendo uma versão tradicional de Chapeuzinho Vermelho e terminar com uma carta do Lobo a Chapeuzinho.
- Não ter clareza dos objetivos da sequência didática. É fundamental ter em mente o que se quer ensinar e o que deve ser avaliado.


6-Incluir atividades permanentes na rotina

O que é
Prever atividades diárias para colocar os alunos em contato constante com determinados conteúdos importantes para conseguir ler e escrever de forma convencional. "No caso da escrita, o domínio do sistema alfabético requer sucessivas aproximações e tentativas de escrever adequadamente", afirma Neurilene Martins. Outro foco é a aprendizagem de procedimentos e comportamentos leitores e escritores: por onde e como começo a ler? Como tomar pequenas notas na hora de pesquisa? Como expressar preferências literárias e trocar informações sobre os livros?

Ações
Em termos de escrita, destaque para listas, textos de memória (como parlendas e poemas) e atividades com o nome próprio e os dos colegas de classe e com a troca de recomendações literárias. Quando se trata de ler, a possibilidade mais consagrada é a leitura diária feita pelo professor em voz alta de textos variados

Erros mais comuns

- Não propor atividades com foco no sistema de escrita. É fundamental incluir atividades permanentes que levem a pensar sobre as relações grafofônicas.
- Insistir na leitura de um único gênero textual. As crianças precisam ter contato e familiaridade com uma variedade grande de textos para que consigam se comunicar por escrito em diferentes situações.

FONTE: REVISTA NOVA ESCOLA

PROJETO BLITS DA LEITURA



Projeto “Blits da leitura”.

APRESENTAÇÃO
Visando impactar as crianças não só da escola e também as crianças da nossa comunidade, o projeto blits da leitura foi desenvolvido para levar os pequeninos a criarem o hábito pela leitura e dentro deste contesto vivenciarem alguns valores que andam adormecidos na sociedade :como a partilha,o amor e principalmente o espírito coletivo ressaltando o não a violência..
A partir da compreensão do seu papel enquanto pequenos leitores e cidadões, o projeto enfoca o ato de ler como ponto de partida para a construção do pensamento lógico, a doação e a troca, com isso, possibilitando a capacitação da criança em construir suas relações diante da sociedade..
Trata-se de um projeto de prática de leitura onde os alunos da educação infantil e do ensino fundamental levarão para casa uma sacola contendo alguns livros de estórias infantis e um caderno de registro, onde terão que registrar e recontar a estória lida; usando a imaginação, a educação infantil por sua vez vivenciará momentos de contação de história, teatro e etc.
A culminância será realizada de duas formas “interna e externa”.
Externa: Uma parada “blits” da leitura nas mediações da escola com troca de livros por armas de brinquedos ou brinquedos em geral.
Internas: Serão realizado com a turma da educação infantil um saboroso pic-nic da Tia BIO e contação de historias e leituras visuais de histórias infantis .

OBJETIVO
• Proporcionar situações de leitura compartilhada.
• Firmar a parceria família x escola
• Resgatar o habito da leitura
• Ressaltar os valores
• Conscientizar a não violência.

Aproximar os alunos do universo escrito e dos portadores de escrita (livros e revistas) para que eles possam manuseá-los, reparar na beleza das imagens, relacionarem texto e ilustração, manifestar sentimentos, experiências, idéias e opiniões, definindo preferências e construindo critérios próprios para selecionar o que vão ler.
Fazer com que construam o hábito de ouvir e sentir prazer nas situações que envolvem a leitura de estórias.
Familiarizá-los com estórias e ampliar seus repertórios.
Participação em situação de conto e leitura de estórias.
Escuta atenta e interessada de estórias.
Observação e manuseio de livros.
Desenvolver no aluno a facilidade de se expressar em público, inicialmente, perante aos colegas de sala.

METODOLOGIA BÁSICA

Haverá uma sacola confeccionada em TNT com diferentes livros de estórias. Os alunos, que serão sorteados, levarão a sacola para casa, por três dias. O aluno deverá ler um ou mais livros da sacola e depois fazer um registro no caderno, que poderá ser através da escrita, de desenhos, montagem, colagem ou alguma outra forma criativa que ele preferir Na culminância o mesmo deverá apresentar o teatro com a sua turma baseando-se no livro escolhido. A culminância da Educação Infantil será realizada no dia do pic-nic da Tia Bio neste dia os pais e convidados trocarão livros que serão usados para repor os livros retirados da biblioteca para a blitz da leitura por um saboroso lanche.
A comunidade escolar será convidada um dia antes da blitz da leitura pelos próprios alunos do fundamental a participarem do evento

CONTEÚDO TRABALHADOS
Português – literatura através da leitura e do registro que ele terá que fazer.
Produção textual – o aluno poderá produzir outros textos usando o que foi lido, em forma de poesia, narrativa e teatro.

AVALIAÇÃO
Ocorrerá durante todo o processo, a partir da observação direta das atitudes do aluno-leitor e da avaliação de leitura e interpretação de texto do aluno.

FRANCISCA MARIA MONTEIRO
COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA

FIM DA REPROVAÇÃO DO 1° AO 3°ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL I.



CNE quer fim da reprovação até 3° ano do ensino fundamental e alfabetização até 8 anos de idade

Fonte: Agência Brasil

As novas diretrizes curriculares para o ensino fundamental de nove anos foram aprovadas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE). Uma das determinações do órgão é que todos alunos devem ser plenamente alfabetizados até os 8 anos de idade. O CNE ainda “recomenda fortemente” que as escolas não reprovem os alunos até o 3° ano dessa etapa.
O parecer já foi homologado pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, e deve ser publicado terça-feira (14) no Diário Oficial da União. “Nossa orientação é muito clara: todas as crianças têm direito de aprender e as escolas devem assegurar todos os meios para que o letramento ocorra até os 8 anos de idade. Não é uma concepção simplista de que defendemos a aprovação automática”, explica o conselheiro César Callegari, relator do processo.
O parecer recomenda que os três primeiros anos do ensino fundamental sejam considerados um bloco único, um ciclo de aprendizagem. Durante esse período, a escola deve acompanhar o desempenho de cada aluno para garantir que ele seja alfabetizado na idade correta. O texto ressalta que cada criança tem um ritmo diferente nesse processo, que, por isso, deve ser contínuo.
“Assim como há crianças que depois de alguns meses estão alfabetizadas, outras requerem de dois a três anos para consolidar suas aprendizagens básicas, o que tem a ver, muito frequentemente, com seu convívio em ambientes em que os usos sociais da leitura e escrita são intensos ou escassos, assim como com o próprio envolvimento da criança com esses usos sociais na família e em outros locais fora da escola”, diz o documento.
“A descontinuidade e a retenção de alunos têm significado um grande mal para o país. Sobretudo para crianças nessa fase, não tem cabimento nenhum atribuir à criança a insuficiência da aprendizagem quando a responsabilidade é da escola”, defende o conselheiro César Callegari.
O parecer determina quais são as disciplinas básicas do ensino fundamental, atualizando o currículo após a criação de leis que tornaram obrigatório, por exemplo, o ensino da música. O próximo passo do conselho, segundo Callegari, será determinar “expectativas de aprendizagem” para cada fase, ou seja, o que cada criança brasileira tem o direito de aprender em cada série ou bloco. O Ministério da Educação (MEC) está trabalhando nisso junto com estados, municípios e pesquisadores.
“Isso tem a ver com a subjetividade do direito, as crianças têm direito não só à educação, mas à aprendizagem. Nós temos que dizer com clareza quais são essas expectativas para que todos se comprometam com a sua realização”, afirma.
O conselheiro acredita que essa definição irá orientar a organização dos currículos, que, na opinião dele, hoje se pautam por avaliações como a Prova Brasil e o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). “É uma inversão completa. São os currículos que devem orientar as avaliações e não o contrário. Queremos que as escolas e sistemas de ensino construam seus currículos, mas a partir dessas expectativas. Isso é particularmente importante neste momento em que vivemos uma fragilidade na formação inicial dos professores”, avalia.

KIT GAY NAS ESCOLAS.VOCÊ APROVA OU NÃO APROVA ESSA IDEIA ?


MEC irá distribuir KIT GAY nas escolas para crianças de 7 a 10 anos

No semestre passado nosso professor de Psicologia do Desenvolvimento, nos entregou muitos textos sobre Homofobia! textos muitos bonitos, com mensagem que fez muita gente acreditar que isso é normal, eu fiquei apavaroda com os textos!!! Porém acredito na palavra de Deus. Um Deus justo e verdadeiro, que transforma!!! E diz:

“E não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.”(Rm12:2)

Crianças das escolas públicas de todo o Brasil receberão um DVD com cenas de homossexualismo, que será distribuído em 2011. Já existe até uma petição contra essa ação do Ministério da Educação (MEC) na internet. Deixe o seu comentário abaixo sobre essa importante questão!
O kit gay conterá um DVD com uma história onde um menino vai ao banheiro e quando entra um colega, ele se diz apaixonado pelo mesmo e assume sua homossexualidade, se dizendo Bianca. Veja vídeo e matéria completa a respeito deste tema, no mínimo estranho, polêmico.
O deputado Jair Bolsonaro (RJ) reage de forma veemente, em plenário, a essa vergonha que foi firmada em um convênio entre o Ministério da Educação (MEC), com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), e a ONG Comunicação em Sexualidade (Ecos), conforme publicou o Correio Braziliense.

Kit Gay para alunos conterá um DVD com uma história aonde um menino vai ao banheiro e quando entra um colega, se diz apaixonado pelo mesmo e assume sua homossexualidade
Ele ainda nem foi lançado oficialmente. Mas um conjunto de material didático destinado a combater a homofobia nas escolas públicas promete longa polêmica. Um convênio firmado entre o Ministério da Educação (MEC), com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), e a ONG Comunicação em Sexualidade (Ecos) produziu kit de material educativo composto de vídeos, boletins e cartilhas com abordagem do universo de adolescentes homossexuais que será distribuída para 6 mil escolas da rede pública em todo o país do programa Mais Educação.
Parte do que se pretende apresentar nas escolas foi exibida ontem em audiência na Comissão de Legislação Participativa, na Câmara. No vídeo intitulado Encontrando Bianca, um adolescente de aproximadamente 15 anos se apresenta como José Ricardo, nome dado pelo pai, que era fã de futebol. O garoto do filme, no entanto, aparece caracterizado como uma menina, como um exemplo de um travesti jovem. Em seu relato, o garoto conta que gosta de ser chamado de Bianca, pois é nome de sua atriz preferida e reclama que os professores insistem em chamá-lo de José Ricardo na hora da chamada.
O jovem travesti do filme aponta um dilema no momento de escolher o banheiro feminino em vez do masculino e simula flerte com um colega do sexo masculino ao dizer que superou o bullying causado pelo comportamento homofóbico na escola. Na versão feminina da peça audiovisual, o material educativo anti-homofobia mostra duas meninas namorando. O secretário de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do MEC, André Lázaro, afirma que o ministério teve dificuldades para decidir sobre manter ou tirar o beijo gay do filme. “Nós ficamos três meses discutindo um beijo lésbico na boca, até onde entrava a língua. Acabamos cortando o beijo”, afirmou o secretário durante a audiência.
O material produzido ainda não foi replicado pelo MEC. A licitação para produzir kit para as 6 mil escolas pode ocorrer ainda este ano, mas a previsão de as peças serem distribuídas em 2010 foi interrompida pelo calor do debate presidencial. A proposta, considerada inovadora, de levar às escolas públicas um recorte do universo homossexual jovem para iniciar dentro da rede de ensino debate sobre a homofobia esbarrou no discurso conservador dos dois principais candidatos à Presidência.
O secretário do MEC reconheceu a dificuldade de convencer as escolas a discutirem o tema e afirmou que o material é apenas complementar. “A gente já conseguiu impedir a discriminação em material didático, não conseguimos ainda que o material tivesse informações sobre o assunto. Tem um grau de tensão. Seria ilusório dizer que o MEC vai aceitar tudo. Não adianta produzir um material que é avançado para nós e a escola guardar.”
Apesar de a abordagem sobre o adolescente homossexual estar longe de ser consenso, o combate à homofobia é uma bandeira que o ministério e as secretarias estaduais de educação tentam encampar. Pesquisa realizada pelas ONGs Reprolatina e Pathfinder percorreram escolas de 11 capitais brasileiras para identificar o comportamento de alunos, professores e gestores em relação a jovens homossexuais. Escolas de Manaus, de Porto Velho, de Goiânia, de Cuiabá, do Rio, de São Paulo, de Natal, de Curitiba, de Porto Alegre, de Belo Horizonte e de Recife receberam os pesquisadores que fizeram 1.406 entrevistas.
O estudo mostrou quadro de tristeza, depressão, baixo rendimento escolar, evasão e suicídio entre os alunos gays, da 6ª à 9ª séries, vítimas de preconceito. “A pesquisa indica que, em diferente níveis, a homofobia é uma realidade entendida como normal. A menina negra é apontada como a representação mais vulnerável, mas nenhuma menina negra apanha do pai porque é pobre e negra”, compara Carlos Laudari, diretor da Pathfinder do Brasil.

Veja o vídeo:"KIT GAY NAS ESCOLAS PARA CRIANÇAS DE 7 ANOS".
ACHEI ESSA REPORTAGEM NO BLOG DA AMIGA AUREA,LEIA COM ATENÇÃO E DEIXE O SEU COMENTÁRIO NA CAIXA DE RECADOS.BEIJOS FRAN.