MERITOCRACIA / MOTIVAR PROFESSORES

MERITOCRACIA A meritocracia é uma nova forma de gestão que é baseada no mérito, na qual as conquistas são alcançadas pelo merecimento do profissional, por seu desempenho e habilidades. Um número cada vez maior de empresas está aderindo a essa forma de gestão para um melhor aproveitamento do seu quadro de funcionários. Para dar algumas dicas para você implantar a meritocracia da melhor maneira na sua empresa também, Luciana Ferreira recebe nos estúdios da Jovem Pan Online Paulo Henrique Rocha, consultor em gestão de RH da Corrhect, empresa especializada no setor. Confira também a primeira parte da entrevista (aqui) e a terceira (aqui). Uma das formas de motivar o jovem professor é: • Ouvi-lo com atenção • Mostrar que as suas palavras são importantes • Evidenciar interesse genuíno pelos seus actos e atitudes • Dar-lhe feedback imediato e Contínuo O que é ser um bom ouvinte? • Não é só ouvir • É sobretudo compreender o que o outro diz • Fazer perguntas e reformular as perguntas • Ter tempo para ouvir o outro Atenção à comunicação não verbal • Mantenha contacto visual • Use uma linguagem corporal adequada • Faça uma boa gestão dos silêncios • Controle as interrupções • Tenha consciência do lugar que ocupa e da distância a que está em relação ao interlocutor • Evite as barreiras físicas O clima da escola faz a diferença O clima é a atmosfera da escola, a sua personalidade e a natureza e qualidade das interacções sociais e profissionais que envolvem os indivíduos Oito indicadores de clima • Respeito • Cuidar • Moral elevado • Oportunidade para dar ideias • Oportunidade para crescer como pessoa e profissional • Apreço pela inovação • Coesão • Confiança Cinco tipos de apoio que podem afectar o clima da escola • Reconhecimento do sucesso • Ajuda aos professores • Encorajamento • Justiça e equidade nas relações • Preocupação pelos outros Oito diferenças entre climas positivos e climas negativos • A direcção sente-se responsável pelo clima • A direcção tem visibilidade • A direcção conhece os professores • A direcção comunica regularmente • A direcção promove reuniões positivas e produtivas • A direcção tem conhecimento das necessidades dos professores • Há professores que funcionam como modelos • O ambiente físico é seguro, limpo e atraente Promover o crescimento profissional • Acentue os pontos fortes de cada pessoa • Mostre disponibilidade para ajudar a ultrapassar os pontos fracos • Crie oportunidades para a reflexão conjunta • Crie oportunidades de auto-avaliação • Incentive a construção de portfolios Como a supervisão pode ajudar a motivar os novos professores • Peça aos jovens professores que observem uma aula sua • Peça-lhes que preencham um guião de observação na sequência da assistência a uma aula sua • Discuta com eles as fichas de observação • Discuta com eles a sua aula • Dê oportunidade a que os jovens professores se observem mutuamente • Dê-lhes liberdade na escolha das aulas a assistir Gerir os elogios e as críticas • Procure um equilíbrio entre a crítica e o elogio • Se elogia sempre por tudo e por nada, o elogio sabe a falso e deixa de ter efeito • Não inicie a conversa com comentários negativos • Evite a confrontação verbal • Em vez de críticas negativas, faça perguntas sobre o que correu mal • Evite a emissão de juízos de valor • Seja descritivo, respeite os actos e faça perguntas pertinentes Reuniões produtivas aumentam o moral dos professores • Uma boa preparação prévia • Uma ordem de trabalhos exequível • Reuniões curtas • Intervenções centradas na ordem de trabalhos Reuniões produtivas e interessantes: • O que pode ser dito por escrito não deve ir parar às reuniões • A agenda deve ser distribuída com antecedência • Inclua os assuntos, o local, a data, a hora de início e a hora de conclusão • Comece a reunião com notas positivas • Sorria com frequência • Cuide do espaço • Controle a reunião • Obtenha feedback da reunião (conversas de follow-up, questionários e caixas de sugestões) Desenvolver o moral dos professores: • Os líderes educativos passam grande parte do tempo a cuidar dos problemas dos outros. Não se esqueça que, antes de se preocupar com os outros, você tem de tomar conta de si • Preocupe-se com o seu aspecto. lembre-se que o seu aspecto transmite aos outros mensagens claras Mais formas de desenvolver o moral dos professores: • Seja positivo e elogie os outros com moderação e verdade • Reconheça o trabalho dos outros • Não comece pelas notícias más • Quando as notícias são mesmo más, não mostre pessimismo nem desânimo • Controle o stress e a ansiedade através do bom humor • Lembre-se que o optimismo é contagiante mas o pessimismo também é. Outras formas de desenvolver o moral dos professores • Preocupe-se com os colegas e, sobretudo, com os professores mais novos • Não seja intrusivo, mas suave na aproximação • Pode dizer: “tenho-te achado triste; há alguma coisa em que posso ajudar-te?” • Confie nos colegas mais novos • Dê-lhes responsabilidades que estejam ao nível das suas capacidades • Não faça críticas em público • Não fale de ninguém na sua ausência. Dois factores que provocam fraca motivação na escola: • A percepção de que a tarefa pedida é demasiado difícil ou demasiado fácil • A percepção que os alunos têm da impossibilidade de dedicarem o esforço e o tempo necessários à tarefa Estratégias para um ensino motivante e motivador: • Relacionar a tarefa de aprendizagem com as necessidades, interesses e experiências do aluno • Tornar explícito o valor da aprendizagem • Ensinar com entusiasmo • Encorajar os alunos a perseguirem os seus interesses específicos e a encontrarem áreas onde sejam realmente bons • Estimular a curiosidade, oferecendo informação surpreendente e estimulante • Criar uma certa discrepância que promova um certo desequilíbrio e suscite a curiosidade intelectual • Fazer perguntas estimulantes • Tornar os conteúdos mais concretos, dando exemplos e relatando experiências Estratégias para promover o entusiasmo na aprendizagem: • Relacionar os conteúdos com as experiências dos alunos • Avaliar os interesses e necessidades dos alunos • Apresentar informação, uma vez por outra, que seja contraditória com as posições dos alunos • Apoiar o ensino com experiências pessoais e humor • Usar actividades de brainstorming • Variar as actividades de aprendizagem • Apoiar a espontaneidade dos alunos • Utilizar uma linguagem corporal que entusiasme os alunos e os mantenha atentos • Redefinir constantemente os objectivos Dicas (para uso dos supervisores) para entusiasmar os jovens professores • Mostre-se disponível • Seja solícito • Não tenha pressa quando está a falar com um jovem professor • Coloque-se na posição do outro • Não julgue apressadamente • Encare os problemas como oportunidades de mudança • Seja optimista • Seja justoO que o supervisor nunca deve fazer: • Não fale de coisas importantes nos corredores da escola • Não critique os colegas quando eles estão ausentes • Não diga, oiça apenas (quando vêm ter consigo para fazer queixa de um colega) • Não manipule os jovens professores • Não ande apressado • Elogie com parcimónia e evite criticarO que um supervisor deve fazer sempre: • Guarde os números dos colegas no seu telemóvel • Dê o seu número de telemóvel aos colegas mais novos • Registe as datas de aniversário dos colegas • Faça com que os colegas se apercebam de que você se lembrou dos aniversários deles • Guarde os endereços electrónicos dos seus colegas • Coloque-se ao lado dos colegas mais novos • Seja leal e franco • Partilhe os seus materiais com os colegas mais novos • Sorria com frequência Estratégias para promover a sua automotivação • Frequente o CDI da sua escola • Faça o seu portfolio e mantenha-o atualizado • Partilhe o seu portfolio com os colegas • Discuta o seu portfolio e os dos colegas • Assine revistas de pedagogia e didática • Faça parte de um grupo de reflexão • Participe num projeto de inovação • Guarde os dossiers pedagógicos e partilhe-os com os colegas • Participe em colóquios e congressos , Conselhos finais • Se não fores capaz de chegar a tempo, deves procurar vir antes • Nunca peças a um jovem professor para fazer alguma coisa que tu não sejas capaz de fazer • Admite os erros • Nunca percas a calma • Não critiques pelas costas • Não fales do que não sabes • Se tens dúvidas, pergunta • Não tenhas medo de rir

COMO DETECTO AS FRAGILIDADES DOS PROFESSORES

Como detecto as fragilidades dos professores É normal os professores dos anos iniciais do Ensino Fundamental apresentarem fragilidades na prática pedagógica. São professores polivalentes que precisam dominar o saber (conteúdo) e o saber fazer (metodologia) de diferentes áreas do conhecimento. Detecto as fragilidades dos docentes por meio dos acompanhamentos realizados. A observação de aulas, os cadernos dos alunos, as rotinas semanais e os portfólios das turmas me “dizem muitas coisas”, mas sempre tomo o cuidado ao tratar dessas fragilidades com os professores. O que os acompanhamentos me dizem?As propostas de rotinas semanais (planejamento) dos professores podem dizer tudo e ao mesmo tempo nada. Quero dizer com isso que o papel aceita tudo e às vezes o que está escrito pode não acontecer. Por isso é importante ir até a sala de aula para acompanhar esse planejamento. Entretanto, o que está escrito na rotina me possibilita verificar fragilidades dos professores com relação: ao planejamento do tempo, a distribuição dos diferentes conteúdos, das modalidades organizativas (atividades permanentes, sequências didáticas, projetos didáticos), das atividades e dos agrupamentos dos alunos. Ajudar os professores a pensarem no planejamento semanal é minha função, por isso, sempre retomo com eles, a importância dessa prática, sua utilidade, como planejar e como registrar. Os cadernos dos alunos me ajudam a acompanhar o que está sendo desenvolvido com relação ao planejado pelo professor, em termos de objetivos, conteúdos, atividades e gestão do tempo. Observar a aula do professor me aponta aspectos como: domínio do conteúdo (saber), metodologia de ensino (saber fazer), gestão do tempo, adequação das atividades, integração dos alunos, entre outros aspectos. Com os portfólios de cada turma acompanho a aprendizagem dos alunos e sua evolução durante o ano letivo. Nesse sentido, a não evolução da maioria dos discentes pode ser traduzida em fragilidades do professor. Por exemplo, a turma não evolui com relação aos aspectos ortográficos. Pode ser que o professor não esteja investindo neste conteúdo. Os acompanhamentos me possibilitam também verificar que certas práticas dos professores não condizem com a concepção teórica que devemos trabalhar. Por isso, em estudos nas Aulas de Trabalho Pedagógico Coletivo (ATPC), sempre procuro esclarecer o porquê de fazerem de um determinado jeito e não de outro. Como trato das fragilidades? Como disse acima, sempre tomo o cuidado ao tratar dessas fragilidades com os professores. Algumas são peculiares a determinados docentes, então, as devolutivas individuais me ajudam a tratar das mesmas de modo particular. Converso com cada um, no sentido de ser necessário mudar após as orientações recebidas. Detalhe! Sem melindres, pois estamos no mesmo barco e o alvo é a aprendizagem das crianças. Quando percebo que há fragilidades comuns, preparo reuniões (ATPC) para tratar do assunto com todos.Não é fácil fazer chegar às salas de aulas tudo aquilo que oriento, mas acredito que a formação dos professores em serviço seja o caminho, então, “desistir” não faz parte do meu cotidiano. E vocês coordenadores, como detectam e tratam das fragilidades dos seus professores? Beijos, Maria Inês TAGS: Coordenação pedagógica, Ensino Fundamental 1, formação de professores